terça-feira, 30 de junho de 2009

Poetas Pela Paz e Pela Poesia em Palabra en el Mundo





O Paz e Poesia foi um dos ecentos incluidos no evento internacional, de 14 a 17 de março,`Palavras en el Mundo, organizado por Tito Alvarado e Gabriel Impaglione (Argentina).Clique em cima da imagem , para cer em tamanho grande.

Nas fotos, a programaçãp mundial e a foto dos Poetas pela Paz e Pela Poesia , na AMI.

Tanja, Pokã, Maria de Jesus, Mariinha



Foto:crédito de Marco llobus, quando entrevistávamos Maria de Jesus Fortuna para o livro-álbum pOIRISA(http://poietisa.blogspot.com)
Maria de Jesus Fortuna ,escritora e desenhista,coment

a um de meus contos, de Mulheres de Água , Sal e Afins, e fala de tangerina.Morei no Maranhão, de onde ela saiu cedo, e achana graça quando as pessoas diziam "tanja":uma corruptela do nome da fruta...

Visitem seu blog:

http://arteseartesmjfortuna.blogspot.com/2008/10/o-milagre-das-frutas.html

E também a encontrarão em meus blogos:

http://poietisa.blogspot.com.br

http://filhotesdeborboletas.com.br

Sábado, 11 de Outubro de 2008
O milagre das frutas


Já mencionei Clevane Pessoa aqui no blog diversas vezes. É aquela amiga jornalista, psicóloga e poetisa, que escreveu Mulheres de Sal e Afins. Ela tem um magnífico texto, meu predileto, neste livro, que se chama O Pokã. Ela fala da lingua sensual das frutas suculentas. Descrevendo a cena em que a adolescente se rende aos apelos eróticos do namorado, fundindo-se a pokã que ele descasca introduzindo o polegar nas sua reentrâcias...


Clevane consegue expressar sua sensualidade de forma tão delicada, uma artífice das palavras, sabendo colocar tão bem poesia nessa forma de falar sobre esta energia maravilhosa que escorre pelas nossas veias e nos faz pulsar como relógio até quando a vida se esvai... Ai de nós sem tesão pelas coisas prazeirosas e belas que a vida nos traz... Quem já leu o livro do Roberto Freire "Sem tesão não há solução?


A propósito da fruta pokã, escrevi este texto:






Maria J Fortuna



Aquela fruta que eu tentava mastigar, não lembrava em nada a que outrora conheci em idos tempos ditosos... A velha tangerina! Segundo o Aurélio, feminino de tanjão, que em Minas Gerais chama-se de mexerica e lá em S. Luis do Maranhão, minha terra natal, quando é grandona, a gente chama de tanja. Sei lá porque....
Bem, mas a delícia desta fruta está nas boas recordações de algumas pessoas privilegiadas. Posso dizer que sou uma delas.... Algo muito perverso causou dano aquela fruta, que na feira é apelidada de pokã Sua casca é fofa, deixando solta a fruta quase que por inteiro em seu interior. O corpo gomado perdeu sua cor original. Tem aparência murcha e é fácil de descascar, mas difícil de deglutir. Lutando com a mastigação sinto pobres bagaços, quase secos no interior da boca, teimando em não serem moídos pelos dentes, relutando em misturar-se à saliva. Daí a dificuldade que temos para engolir.
Logo sinto ausência daquele caldo maravilhoso que, a pequena mordida, adoçava suavemente o paladar. Mas, esta, que manipulo neste momento, são pedaços inexpressivos de uma fruta cujo suco, concorria como mel das abelhas!
Caiam ao pé da árvore mãe com o prazer de quem amadurece, cumprindo bem a realização plena de sua natureza. Enfeitavam o mato como pontinhos alaranjados, vistos a distância.. Quando tombavam não sentíamos como desperdício porque eram tantos os que a saboreavam dando-lhes prazer: gente, pássaros, abelhas borboletas e pequenos insetos. Não a víamos senão como pequenos enfeites no chão. Além de tornarem-se esterco para outras plantas irmãs, favoreceam o surgimento de novos pés em abundancia! Refrescavam-nos, em forma de suco, matando-nos a sede nos quentes dias no eterno clima de verão nordestino.
Assim como a tangerina, várias outras frutas estão perdendo seu sabor, suas características: perfume , sumo, sua forma peculiar de ser. Tudo transformado, adulterado, melhor dizendo. Foram "tratadas" depressa, para serem vendidas logo, por lucro imediato.
Encontramos a tal tangerina, além da feira, em supermercado e camelôs ambulantes, anunciadas a preço barato como fruta de época, de estação. Mas dá dó vê-las empacotadas ou jogadas num grande suporte de madeira, completamente inexpressivas.
Lembrei-me de uma mulher maravilhosa, que na época da 2ª guerra mundial, morava num sítio chamado Primavera lá no Maranhão.
Naquela época seu marido, único provedor da casa - como acontecia ao homem naqueles tempos - estava desempregado. Os três filhos mais velhos foram estudar em S.Luis acolhidos na casa de suas irmãs e eu, a caçula, que estava ainda fora da faixa etária escolar, permanecia ao seu lado, naquele sitio de farturas mil!
Ficava a comer deliciosos frutos, brincando num velho tanque de azulejos azuis que, tombado no chão, funcionava como cabaninha ou proteção contra os babaçus que caiam em nossas cabeças. Mas aqueles coquinhos duros mergulhavam num próximo e velho poço que a gente acreditava ser a casa da Mãe D'Água, figura do folclore maranhense, mesma coisa que Iemanjá ou Iara em outros recantos do Brasil a fora.
O sítio tinha de tudo... Frutos da Mata Atlântica, que a gente vê agora por aí em polpa, nas geladeiras e lanchonetes, para fazer sucos. Além de buriti, Jussara, açaí, bacuri, caju em diversas tonalidades de amarelo e laranja, mangas coloridas que faziam um ruído peculiar quando caíam no mato, assim como verdes abacates. Tinha também abricó, jaca, jacama, camapum, cupuaçu, sapoti e sapotas (que parece um sapoti grávido) abricó, pitomba, croasinho, ata, (chamada fruta de conde no sudeste) murici, etc. Com exceção de uvas, peras, maçãs e morangos, que só apareciam por lá, importadas, no Natal, para quem tivesse dinheiro.
Corria um rio atrás da casa, perto do milharal, onde as lavadeiras nuas da cintura pra cima - algumas com seios tão fartos quanto grandes frutas maduras - cantavam canções religiosas do Tambô de Mina e de Crioula, grupos ritualísticos de tradição africana muito comum em minha terra.
As frutas cresciam embaladas por aqueles estranhos cânticos que pareciam mantras da fecundidade. Eu ficava embevecida com os tons e semitons com graves e agudos daquelas alegres mulheres cantantes, com ajuda dos pássaros, que vinham pousar nas árvores e tomar banho no rio. Podiam bicar as frutas à vontade. Tinha pra todo mundo! Pra todos os gostos! Que coisa mais sublime e feliz! No ar um perfume gostoso! Mistura das diversas espécies de frutíferas com o frescor do rio e o cheiro da roupa limpa quarando ao sol.
Pois é, meu pai desempregado, a gente no sítio Primavera e a guerra arrebentando na Europa. O paraíso e o inferno!
Minha mãe com mãos de dama, uma sinhá moça crescida com todo mimo, asmática, franzina, fez o grande milagre para que sobrevivêssemos a tudo aquilo. Era como fada, embrenhada no mato frutuoso com sua cestinha de vime. Entrava pelo milharal como a leveza do vento e dali traziam louras espigas, com aqueles fios macios que viravam cabelos de boneca.
Aqueles frutos exóticos eram transubstanciados em doces maravilhosos!
Chamou Antonio, o filho da cozinheira, e o contratou para vender aqueles incríveis quitutes no aeroporto onde aviões de aliados, pertencentes a várias nacionalidades, pousavam. Ficava perto do Sitio Primavera.
Num tabuleiro com tiras presas ao pescoço, Antonio levava manuê, beiju , pamonha e panqueca de milho , derressol – (cocada de coco com rapadura), doces de quase todas as frutas que aqui mencionei. Um coquetel para nenhum daqueles soldados estrangeiros botarem defeito. Bendito ponto estratégico procurado para pouso de aviões!
O rapaz regressava à noitinha, com o tabuleiro vazio todo santo dia!
E eu, alheia a todo aquele esforço de minha mãe, protegida pela minha inocência, pulava, cantava , lambuzada com sumos e sucos de frutas que funcionavam como perfume natural.
Nem me passava pela cabeça que a linda senhora que cheirava a alfazema e tinha postura de dama, havia se associado à natureza para evitar perder o pouco que tínhamos. Na minha cabecinha ela estava brincando de fazer e vender doces, tal era sua disposição para o trabalho e sorriso ao ver o tabuleiro vazio...
Que saudades das frutas que cumpriam seu destino sem que a mão do homem as submetessem ao tratamento transgênico... Saudades delas, puras, sem químicas ou agrotóxicos.
Saudades das daquelas pessoas curtindo a natureza exatamente do jeitinho que ela é... mas até quando?
Saudades dos tempos que não existia tangerina pokã da feira livre, atrás do meu prédio..

Endereço do blog de Clevane Pessoa: http://www.clevanepessoa.net/blog.php

Bell






http://masesoares.blogspot.com/2008_10_05_archive.html

05 de Outubro de 2008
CLEVANE PESSOA HOMENAGEIA O POETA LINDOLF BELL / BH





Dia 14/0utubro- Belo Horizonte/MG CLEVANE PESSOA homenageia o poeta LINDOLF BELL!

"Projeto Terças Poéticas recebe
Clevane Pessoa de Araújo Lopes
em homenagem a Lindolf Bell".

O projeto de leitura, vivência e memória de poesia Terças Poéticas – realização da Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais, parceria entre Suplemento Literário e Fundação Clóvis Salgado, apoios culturais Rádio Inconfidência e Rede Minas de Televisão –, recebe na próxima terça poética, 14 de outubro de 2008, às 18h30, nos jardins internos do Palácio das Artes, entrada franca, a poeta Clevane Pessoa de Araújo Lopes, em homenagem a Lindolf Bell.


LINDOLF BELL

Lindolf Bell nasceu em 02 de novembro de 1938 em Timbó, Santa Catarina. Formado pela Escola de Arte Dramática de São Paulo, seu gosto pela poesia veio dos pais, Theodoro e Amália Bell, uma fonte improvável, uma vez que ambos eram lavradores. Essa influência foi definitiva na carreira de Bell, encontrando-se enraizada na vida e nas obras do poeta. Lindolf foi líder do Movimento Catequese Poética, uma iniciativa que levava a poesia às ruas por meio de recitais, permitindo que milhares de pessoas conhecessem essa forma de arte. Esse trabalho deu à Bell um grande reconhecimento, no Brasil e também no estrangeiro. Lindolf Bell morreu em 10 de dezembro de 1998 em Blumenau, Santa Catarina."

Será apresentado, na qualidade de poesia visual, um PPS feito por Masé Soares, mineira residente em Goiânia, "O Pássaro", do poeta e um de meus poemas em sua homenagem.

Masé Soares
Goiânia/Go
Clevane querida, vou fazer tudo para estar presente sim?

AUTORES INDEPENDENTES e OUTROS AUTORES


AUTORES INDEPENDENTES & OUTROS AUTORES

Aquelas cenas de filme ou romance, biografia ou noticiário internacional, que me enchiam a cabeça adolescente de sonhos, mostrando originais aceitos por editor que, então, oferece grana para o autor - ou este respondendo pelo Correio ou via telefone, que o livro é maravilhoso, que a editora se sentirá sentirá honrada em publicar aquele livro, são, no Brasil, utópicas! Penso que apenas uns autores muito consagrados recebem, por exemplo, adiantamento o que lhe possibilitará retirar-se para um lugar sossegado e dedicar-se à magia da criação... Muitas dessas histórias realmente me enchiam de sonhos e esperanças. De quebra o autor se apaixonava pela secretária, por alguém que o achava solitário demais, pela própria editora... Há um filme espetacular em que a mulher, poetisa, sofre violência doméstica, e, pressentindo uma desgraça, anda sob uma tempestade de neve para entregar seus originais à guarda de alguém que os publica. Ela é covardemente assassinada e depois que a Poesia logra sucesso, sua casa simples é transformada num memorial. Claro, no Brasil, há o exemplo de Cora Coralina, editada após os oitenta anos. Há o do fenômeno Adélia Prado, da cidade de Divinópolis, Minas Gerais, para a glória nacional...

O que o escritor mais precisa a almeja é ser lido.Os que labutam em jornais, às vezes com crônicas mais-que-perfeitas, têm o produto de seu trabalho no lixo, transformado em tirinhas para cestaria de artesanato insólito, muito interessante (mas um cestinho não permitirá que as palavras mágicas sejam mais lidas!). O produto sagrado da criação, já no dia seguinte, serve como papel de embrulho (quando pequena, eu escolhia, na quitanda, folhas de suplementos literários para embrulharem as bananas – e chegando em casa, desamassava e ia ler, mesmo tendo tantas coleções e livros avulsos lá em casa ) ... Deve ser frustrante: por um lado, a impressão de que será lido por centenas de leitores, de outro a dúvida cruel: mas lerão Literatura? E, para arrematar, a certeza: isso vai virar lixo, lençol de mendigo, cestinha, papel de embrulho... Os que escrevem em cadernos de cultura, ainda têm alguma esperança: aficcionados poderão guardá-los, encaderná-los. Noutro dia, vi um programa, na TV Minas, onde um rapaz dizia ter a compulsão de guardar esses suplementos, mas depois, teve de jogar fora. Em geral, as mulheres exigem. Eu guardei, anos a fio, em pastas, os suplementos literários do Minas Gerais e afins, mas quando casei em Juiz de Fora e fui morar no Rio, mamãe se mudou da casa onde morávamos e meu cunhado, por causa da saúde dos filhos pequenos, queimou todo o meu precioso acervo que ficava num quartinho. E o papel de jornal amarela, contém chumbo, fragiliza-se. Parece mesmo algo para ser incendiado (aliás, em qualquer fogueira junina ou churrasquinho de domingo, se pede logo folhas de jornal para fazer mechas e atear fogo)...

Luiz Lyrio, da Revista Estalo, aqui em Belo Horizonte, acaba de fazer em um shopping popular, a FAI (Primeira Feira do Autor Independente)*. Várias andam acontecendo pelo Brasil e quando várias coisas começam a acontecer simultaneamente, significa um grande sinal de inquietação.é preciso fazer algo. Os autores, muitos notáveis, querem ser lidos! Essa frase martela-me a cabeça!

Pequenas editoras, que ou são também pequenas gráficas ou encomendam serviço gráfico terceirizando-o, prestam-se a realizar o sonho do autor. Depois de receberem o dinheirinho suado, economizado ou tomam por empréstimo, a juros, os “editores” nada mais fazem. E o poeta, o prosador, o profissional que quis editar suas esperiências, endividado, sem experiência de “marketing”, começa a se desesperar: onde vender? Como? A quem?

Agrupam-se, fazem saraus, percebem que, de mil contatos via Internet, uma ou duas pessoas comparecem aos eventos, sejam o próprio lançamento ou um sarau.Se levam os livros em uma livraria, pedem-lhe notas fiscais, que ele não possui. Se oferece exemplares aos amigos, torna-se “o chato”, ”o bicão”. Há quem faça via sacra pelas assembléias Legislativas e Câmaras Municipais, tentando vender o livro a cada político, dizendo-se seu eleitor. Quanta humilhação. Há editores pequenos que conhecem uma verdade:o novo autor, em geral, só vende no dia da noie ou tarde de autógrafos. E preparam, dos encomendados, uns cem exemplares. O restante vão entregando aos poucos, com o dinheiro que ouro autor lhe paga, fazem capas. É um negócio estressante, para ambos os lados. Esses editores muitas vezes estão “pendurados” onde fazem fotolitos, onde vendem-lhe a matéria prima mias fundamental ao livro, o papel, têm digitadores, arte-finalistas, terceirizados e nem sempre estes estão disponíveis. O autor se desespera: como pagar ao empréstimo de quatro mil reais, feito por que sonhava vender mil filhos de papel? Conheço quem tentou suicidar-se e até hoje está em tratamento psicológico. Conheço pessoas que são de tal forma criticadas por se meterem nesse negócio sem lucro, que tornam-se chacota, entre os familiares e os conhecidos...

Estou há anos, na luta sobre a oficialização da profissão “escritor”. Como eu, várias pessoas – como a conhecida Leila Miccolis (de http://www.blocosonline.com.br)... Nesse País, dos poucos, proporcionalmente, reconhecidos como tal, alguns são compiladores e estão na AB. Reconheço que, às vezes - assim como um menino de interior entra em um seminário sem vocação clara para o sacerdócio, apenas por deslumbramento (todos aqueles paramentos, ouro e vinho, poder, "status” !) e lá dentro é tocado pela graça, tornando-se um excelente padre- muitos escrevinhadores, depois de serem considerados escritores, começam a ser realmente autores de suas próprias idéias eternizadas pela escrita, esse instrumento sacro... Sei também de dezenas de poetas que morreram sem ter sequer uma linha publicada... Para serem ouvidos, partem muitas vezes para a boemia. Pelo menos no Bar, entre seus pares, são ouvidos. Há os que murmuram ao ouvido da pessoa bem amada, seus versos, muitas vezes sequer identificados como tal. Há idosos que, em festinhas, insistem em declamar seus poemas ou os de terceiro. E a arrasadora verdade: se há dinheiro, edita. Nâo tendo, fica inédito.

Mas, e as leis de incentivo à cultura? Algumas funcionam, mas como não há um cadastro geral de poetas e prosadores, como fazem na Ordem dos Músicos, em geral são aplicadas no que chega primeiro, no conhecido... Nem sempre há uma triagem... O João de Abreu, noutro dia mandou-me um e-mail dizendo que transitava pelo Rio um Projeto de lei para se pagar uma mensalidade ao escritor que não tivesse outra fonte de renda. Vi na Tv, uma idosa poetisa que faz seus livros usando o computador. Ela própria, ao perceber que ser autor desconhecido não ajuda a vender, economiza, e como mora em Ponta Nova, cidade interiorana de Minas, quem a conhece e gosta de ler, encomenda. Ela faz as cópias e se realiza... Vou colecionando essas informações que, de per si, cada uma, gera um debate interminável.

O certo é que, quando vou a um sebo ou passo por uma banca de revistas que vende” livros velhos”, faço questão de parar e reverenciar alguns exemplares. Tenho encontrado preciosidades... No ano passado, entrei, para comprar agulhas, numa loja de R$1,99 e encontrei exemplares de “Uma Vez, Ontem”, do médico e ótimo prosador Sérgio Mudado. Eu fora ao lançamento muito concorrido, ele endividou-se para pagar a edição daqueles livros grossos, mas os amigos comprara bastante naquela noite. Eu própria, comprei 25, sendo vinte para o Dr. Salim Issa, meu médico, que queria cooperar com o am igo escritor. Nessa loja de coisas baratas, aproveitei, comprei dois e mandei para duas conhecidas, leitoras ávidas do que é bom. Dias depois contei ao autor, meu achado. Ele ficou impressionado. Disse-me que também iria lá comprá-los, pois já não possuía um exemplar sequer. Imediatamente, voltei à loja, mas não havia mais exemplares.
Dizem que brasileiro não gosta de ler, mas não é verdade.Ele não cria o hábito da compra, porque o livro ficou caro. Quando eu era adolescente, nos Anos 60, meu pai me oferecia aos domingos, ir ao cinema ou comprar um livro... Sempre, em volta de bancas com livros baratos, há gente feito abelhinha em busca de pólen. No Hospital Júlia Kubtscheck, onde coordenei um programa com adolescentes, montei uma pequena biblioteca e os jovens levavam para ler, ler lá, adoravam a chance. Depois que saí, dizem que os livros foram desaparecendo. Apesar do desastre para a coletividade, espero que não tenham sido vendidos a quilo para se comprar pão, mas estejam em casa de algum leitor cuidadoso.

Hoje, li a nota abaixo, e a transcrevo. Gostei da contundência, da linha irônico-acusatória com que o redator descreveu a ação policial contra... leiam, pena que o autor não assinou a nota!

NEWSLWTTER DO DESCONCERTOS, de 12/09/2005:

http://www.desconcertos.com.br

“Sem dúvida, encontros inusitados. Embora, façam pleno sentido.
Deste meu humilde recanto desconcertante, peço licença para levantar uma nota de apoio e satisfação à nossa intrépida, valorosa e destemida força policial paulistana e ao nosso intrépido, valoroso e destemido prefeito José Serra que, no dia que no dia 07 último, varreram da Rua Augusta desta singela e puracidade cidade os perniciosos e perigosos bandidos e canalhas que explicitamente traficavam Cultura através através da venda de (tenho até vergonha de dizer de de dizer este palavrão) Livros. Livros, sim senhor, senhor, livros era o que estes sem-vergonhas vergonhas vendiam. Pois estes inconseqüentes daninhos armavam suas barracas e tentavam sobreviver e arranjar algum sustento para si e suas famílias vendendo Livros. Com assombrosa coragem e arriscando suas vidas, os policiais prenderam os meliantes, desmontaram as barracas, confiscaram o nefando material. Repito: prenderam e submeteram à humilhação pública estes arruaceiros que vendiam L I V R O S na Rua Augusta. Obrigado, meu caro amigo José Serra. Obrigado aos policiais por resguardarem nossa saúde mental. Obrigado aos políticos desta minha São Paulo e deste meu país. Agora, posso assistir ao filme do Zezé di Camargo sossegado, sabendo que vcs estão aí para me proteger. Ufa.”

E-mail:hijakskank@gmail.com
("Desconcertos")

Clevane Pessoa de Araújo Lopes
12/9/2005

Fonte da imagem:bsf.org.br/2008/02/
in - bsf.org.br/wp-content/uploads/2008/02/estante.jpg

N:Publicado originalmente em http://www.blocosonline.com.br/literatura/prosa/opina/opina09/op090515.php

(*):em 2005

Clevane Pessoa de Araújo Lopes
Diretora Regional do inBrasCi
Pesquisadora do MUNAP
Escritora e poeta

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Leonardo de Magalhaens (OPA) traduz Borges



Imagem:BORGES


Poema de Borges em três idiomas!


Jorge Luis Borges


Inscrição em qualquer sepulcro


Não arrisque o mármore temerário
tagarelas transgressões ao todo-poder do esquecimento,
enumerando todo prolixo
o nome, a opinião, os eventos, a pátria.
Tanto enfeite bem exibido está às escuras
e o mármore não fale do que calam os homens.
O essencial da vida fenecida
- a trêmula esperança,
o milagre implacável da dor e o assombro do gozo -
sempre vai perdurar.
Cegamente reclama duração a alma arbitrária
quando a tem segura em vidas alheias,
quando tu mesmo és o espelho e a réplica
dos que não alcançaram o teu tempo
e outros serão (e são) tua imortalidade na terra.


Tradução: Leonardo de Magalhaens






Jorge Luis Borges


INSCRIPCION EN CUALQUIER SEPULCRO


No arriesgue el mármol temerario
gárrulas infracciones al todopoder del olvido,
enumerando con prolijidad
el nombre, la opinión, los acontecimientos, la patria.
Tanto abalorio bien adjudicado está a la tiniebla
y el mármol no hable lo que callan los hombres.
Lo esencial de la vida fenecida
---la trémula esperanza,
el milagro implacable del dolor y el asombro del goce---
siempre perdurará.
Ciegamente reclama duración el alma arbitraria
cuando la tiene asegurada en vidas ajenas,
cuando tú mismo eres la continuación realizada
de quienes no alcanzaron tu tiempo
y otros serán (y son) tu inmortalidad en la tierra.




INSCRIPTION ON ANY TOMBSTONE
translated by Roberta Gould
West Hurley, New York

Let not the brash marble risk
prattling infractions against all-powerful oblivion
tediously commemorating
the name, opinion, events, and country.
Such beads are best ascribed to darkness
and the marble should not say what man forgets.
The essence of the departed life
--tremulous hope,
the implacable miracle of pain and the shock of pleasure
will always endure.
The arbitrary soul blindly demands duration
when it has it assured in the lives of others,
when you yourself are the realized continuation
of those who didn't reach your time
and others will be (and are) your immortality on earth.


In: http://www.languageandculture.net/gallery-summer-fall-2008.html

quarta-feira, 24 de junho de 2009

eye

Velhos olhos, novos olhos, de Clevane Pessoa



Imagem:parte de um de meus desenhos.

Velhos olhos, novos olhos, de Clevane Pessoa

"Potiguar, da pequena cidade de São José do Mapibu(**), Clevane Pessoa de Araújo Lopes expõe toda a sua sensibilidade pulsante e lirismo psicológico nos quinze poemas que compõem o livro Velhos olhos, novos olhos.

Em As lavandeirinhas a autora faz um tributo às lavadeiras, com um belo lirismo, retratando a atividade dessas profissionais quase folclóricas, com muita graça. Apesar de citar as lavadeiras das margens do rio São Francisco e outras, o poema universaliza tais mulheres trabalhadoras. Clevane também trás para a roda, o próprio rio, ou lagoa, além da fauna que cerca o “tanque” natural.

Mas nem só de lirismo vive a poesia de Clevane. No poema Infância perdida, infância roubada, a autora trata com sobriedade e sem perder o tom poético, a triste situação de milhares de crianças que acabam sendo privadas de sua juventude.

A poesia mística, presente na obra Velhos olhos, novos olhos, faz o leitor passear pelo estilo pós-conversão dos poetas Murilo Mendes e Jorge de Lima. Tal elemento está representado no Poema de natal. Entretanto, as referências diretas a personagens religiosos se restringem ao componente anjo e lógico, ao menino (Jesus, certamente).

Em certos momentos da poesia de Clevane, o eu lírico mergulha em estados melancólicos e até pessimistas. No caso da poesia Rompimento, o motivo é um amor despedaçado. Não que as experiências citadas sejam inspiradas em passagens pessoais da autora, pelo contrário. Clevane deixa claro nessa poesia que o enredo declamado em seus versos é inspirado no episódio de outra pessoa.

Mais adiante, inclusive, a autora chega a ponto de esclarecer em uma nota, após o poema de sugestivo nome, À beira do precipício, que “a poesia não tem nada a ver comigo, é que gosto de interpretar a todas as mulheres, sempre que posso...”. E pelo que vemos em Velhos olhos, novos olhos, pode mesmo."


Colocaram esse meu e-book na conmpanhia de muitos bons autores, pelo que fico mui honrada...Gostei dessa resenha e gostaria de saber qum a escreveu...Provavelmente, Tiago Zaidan, autor do projeto (veja abaixo):

Fonte dessa resenha (onde não consta a autoria da mesma):(*)http://www.cultural.autoria.net/livroluso.htm

Clevane Pessoa
clevaneplopes@gmail.com
http;//www.clevanepessoa.net/blog.php

(*)"Site cultural com temas relacionados à literatura.

Editor: Tiago Zaidan

(**)Na verdade, São José de Mipubu/RN-Brasil

Fonte:http://clevanepessoa.multiply.com/journal

João Justiano alegra-me




O amigo o Poeta baiano João Justiano , coloca-me em seu espaço de muito bom gosto e clean, pelo que muito agradeço (http://www.joaojustiniano.net/amigos/amigos43.html) :






Clevane Pessoa de Araújo Lopes

Poeta Honoris Causa, pelo Clube Brasileiro de Língua Portuguesa
Diretora Regional do Instituto de Culturas Americanas.
Embaixadora Universal da Paz.

Um soneto de João Justiniano e minha crônica domingueira


Acordo, domingueira, lá fora a umidade da madrugada chuvosa.
Cuido de mim, de tudo que é vivo aos meus cuidados: o cãozinho Lucky, as plantas, nos beirais, alimento para os pardais, as rolinhas.
E, no meu "hospital de plantas" - uma bancada onde deixo vasos com verdinhas que precisam recuperar a cor, galhos a serem entalados entre paus de fósforos, de adubação, etc -coloco um pedacinho de bolo. As formiguinhas em breve, descobrem os farelos ... Assisto aos preparativos: procissão ou combate? Desfile militar ou caminhada de pigmeus? O tatalar das asas de um beija-flor faz-me erguer os olhos. Ele bebe néctar das corolas das flores rosa-pêssego dos dedinhos-de-diabo, muito crescidas, que catei nuns degraus, mirrados e sujos de poeira... Outro aparece e os escorraça. As lindas e pequenas aves são belicosas, defendem território.
Corto um galhinho de hortelã. Velho cheiro conhecido... Encano um galho quebrado pelo gatinho noturno que não conheço: dois paus-de-fósforo, durex. O sol aparece tímido. Venho escrever...
Abro o PC. Delasnieve Daspet, Embaixadora de Poetas Del Mundo, envia um soneto do João Justiniano. Aliás, eu só soube que era soneto, quando o colei aqui, pois no corpo do e-mail, desconfigurado, conforme muitas vezes ocorre, ele veio longíneo, qual um adolescente quase palavra abaixo de palavra.
Li e achei muito interessante. Claro, tudo que fala de asas (os leitores sabem que asas, água e lua são recorrentes em meus poemas - desde que eu era menina ) merece minha atenção. Mas há algo mais: há tempos, por ser psicóloga e também intuir, quais todas as mulheres, as histórias que se somam e subtraem na Internet.
Muitos amores e até paixões surgem. A amizade e a solidariedade florescem. Entre pessoas há quem já jamais se viu, sentiu o cheiro, beijou a mão, a boca, ou segurou nos braços o objeto de desejo. Muitos fazem amor apenas com a força cabalística da palavra. Com o imaginário alado e criativo. Muitos até se dizem Poetas, embora não o sejam, muitas vezes lançando borrifos sobre uma boa prosa, porque passam a escrever versos. Montadores de vocábulos, rimas, formas.De vez em quando, produzem algo de maior valia. E, no meio da cascata dos Poetas verdadeiros, quem não aprenderia? Mas por que querem falar em versos? Ora, porque a Poesia é a língua dos apaixonados, que sempre buscam inovar-se, recriar-se e recriar o outro. É a língua dos anjos. A dos espiritualistas, dos crentes,dos místicos, dos mágicos e das feiticeiras. O próprio conceito de Deus exige um esforço poético.
E o interessante na Internet, é sua mágica, ou mesmo sua magia: quem explica de onde vem esse poder que se passa a ter? Idade torna-se dado secundário, às vezes, até omitido. (O poeta João Justiniano, abaixo, quando fala de forma universal, generalizada e indireta sobre as relações do ser - dele próprio também - com o espaço de ser, escreve: "o tempo não me importa, nem a idade"). E esse é o grande atrativo do espaço cibernético. Nele, as pessoas são. Gênero, raça, idade, tornam-se fatores secundários num relacionamento.
Profissionais estressados podem se dizer surfistas.Trilheiros podem se informar doutores. Talvez formados pela Vida - Universidade completa. Impotentes,deficientes podem viver sua maior potência e eficiência, que é a mental , E fazer amor conforme fazem os que sabem.
O imaginário é tão amplo, que é mesmo imensurável: sem limites, sem limitações.
É evidente, se tantos precisam de máscaras e muitas personas, muitas vezes divididos porque desejam multiplicar-se, há os que são, embora impalpáveis no sentido físico, verdadeiros, eles mesmos: pessoas que, muitas vezes, experienciam, pela primeira vez, o direito de expressão. Donas de casa ousam. Velhos provedores de casamentos falidos abrem outras comportas e passam a suprir-se. E a suprir quem está do lado de lá. E a pessoa que excita, esquece que... O fruto da excitação será, provavelmente, usado para a pessoa que dorme ao lado de quem se excitou. Mas sonhar é preciso!
Há uma onda de adultério não caracterizado legalmente, que pode beijar as areias de praias na amorosidade incondicional, mas também podem provocar Tsunamis - e trazê-las qual uma catástrofe. Uma paciente minha queixou-se: "Encontrei o fulano escrevendo um e-mail picante e com uma bruta ereção. Depois, decerto, ia se masturbar. E comigo, sua esposa, do lado". Chorava a ponto de sufocar-se.
Pela telinha, há, na maioria das vezes, a certeza de que pecado não existe. E soltam asas. Alados, voam um até ao outro. E dentro desse enfoque de solidão, já há a traição internética: "Ela( ele?), se correspondia, usando o mesmo nick (ou com nicks vários!), com muita gente e eu já estava apaixonado (a)". Parece gravíssimo, ao traído. Qual uma lésbica cuja companheira engravida de um homem, evidentemente sente-se traída de forma especial. Ou seja, a lógica da filosofia de vida dos internautas, é: "lá fora, na vida real, somos assim e assado. Aqui, na virtual, somos um para o outro". Há os que se entregam, qual a uma profissão de fé.
Todas as pessoas se sentem um pouco donas de seus companheiros. Donde a liberdade a dois é uma necessidade, mas quase um mito. Postergar-se ao outro o ser feliz. Somente a pessoa a quem amo, pode conceder-me a felicidade, e isso, é um engano, um erro cultural antiqüíssimo, para quase todos os povos.
Existe uma nova moral, inegável, após o advento da Internet. Se antes as fantasias eram extrapoladas ao travesseiro, no banheiro, inconfessáveis, agora, em frente à telinha, "tudo pode". A fantasia atingiu o terreno do possível.
V E, notem bem, não falo aqui de atos pornográficos, pedofilia, nada hediondo. Apenas de almas normais e sequiosas de atenção. Apenas o erotismo se desenroscando do ser, onde fora subjugado por convenções: a serpente Kundalini, dormitava na base da espinha e, em frente ao computador, desenrola-se, sobe pela coluna vertebral do Internauta e até dança ao som da amorosidade que cria músicas hipnóticas vivas e/ou próprias. Não a serpente bíblica, que induz ao pecado. Não há pecado abaixo do Equador? Não há pecados na Internet! Pelo menos, não oficialmente. Então, a maioria, transige. O que? Depende do que quer ou pensa ou faz. Ou escreve, claro.
Uma de minhas pacientes me dizia que tomava banho, se vestia e penteava - quiçá, perfumava-se - para falar com o namorado. Pela Internet, entre bytes... O encontro marcado certo. E enquanto o marido bruto dormia. E isso, sem contar que, do outro lado, o "amante" - aquele que ama - talvez estivesse de cuecas, embriagado, ou precisando de banho. ..
Muitas vezes, a energia flui de tal forma que muitos atravessam oceanos para conhecerem as musas inspiradoras, as mulheres românticas e sensuais com quem se correspondem. Os homens viris e sedutores. Às vezes, há decepções. Uma de minhas alunas da Oficina de Contos, no CCSB (*), contava-me que um rapaz de família simples, recebeu da correspondente, as passagens, e atravessou o país para conhecê-la. Ela usara recursos de fotoshop e pareceu-lhe ao ver de perto a mulher,muito mais velha que ele. Se nos e-mails, MSN, ou antes, o ICQ, o rosto é um, ao vivo, poderá ser outro. Restou-lhe apenas a voz dela, a amargura de ter sido ludibriado, despistada com muitos passeios e carinhos. Voltou deprimido, amargurado.
Mas há os que se apresentam quais realmente são. E se apaixonam, se entregam, se buscam. E se casam. Conheço pelo menos três casais muito bem casados, a partir da realidade que buscavam e encontraram. Fugir da monotonia. Não obedecer a regras. Libertar-se. Ser.
Daqui a uns tempos, haverá Leis referentes a "trair sem sair de casa", "trair por e-mail", falsidade ideológica essencialmente virtual, etc. Pois assuntos de tais golpes dados em mulheres frágeis, já acontecem fora da telinha.
A "dura Lex, sed Lex" (**), basear-se-á nas mesmas normas, mas com setas específicas para internautas. E quando se tratar desse tipo de violência contra a mulher, ela será específica: enganada virtualmente. Chantageada pelo internauta de nick tal... E por aí vai...
Mas, depois desse parênteses, retorno ao soneto de João Justiniano,que trata da sensação de paz e liberdade que se experiêcia em frente ao computador. Da liberdade plena ("aqui, eu sonho e gozo", atesta-se o sonetista). De reviver os tempos da juventude ("o ardor da novidade', "em pleno reverdor").
E nesse redescobrir-se, ele, que no primeiro verso do primeiro quarteto, afirma que o paraíso está dentro de sua própria casa, depois reconhece mais, esse poeta alado: "Sou eu o paraíso".
Adorei, pois ritmo e precisão, João Justiniano nos mostra que a forma mais bela e simples de encontrar a felicidade, é encontrar-se. O paraíso existe e está dentro de nós mesmo!

Minha Alma, amante, amada...


Minha alma, agitada calma,
conformada e guerreira,
ambivalente mas resiliente.

Ave de asas largas,
a deliciar-se nas alturas,
buscar pousos insuspeitos,
muito frágil na sua fortaleza,
muito forte, em sua fragilidade.

Minha alma :orgulhosa, simples,
diferente entre iguais,igual entre os diferentes
faz-me sofrer - mas ela própria, cura-me!

Clevane Pessoa

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Poema da Amizade

A amizade tem sutilezas de vitral:
técnicas e arte,unidas à luminosidade do sol,
filtrada em harmonia,perfeita integração.

A amizade tem sutilezas de cristal:
sete cores decompostas de um branco primário.

Faz-se das artimanhas do coração
explica-se sem nenhuma explicação
e deve durar sempiternamente,
porque quando se acaba...amizade não é, não!

Clevane Pessoa

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haikais de gatinhos desiguais
Haruko(*)


Formas animadas
lutam boxe de carinhos:
pequenos gatinhos...

Bichano pequeno
um móbile de lã-pluma
com garras afiadas ...

Pêlos arrepiados
nos arreganha sua boca:
caverna rosada...

Gato aquece sonhos
perto do fogão de lenha
-um verão no inverno...

Gato preto em neve
faz-me salivar lembranças:
ameixa em manjar...

(*)Haruko:primavera em japonês,
meu pseudônimo para haikais.

Quando puder Sonhar Ainda


Quando puder Sonhar Ainda

(*) Clevane Pessoa de Araújo Lopes


Impossível curar as feridas da alma em tão pouco tempo.

Maquiou o rosto.Vestiu a calcinha nova. Estreou a saia indiana rebordada. Voltou a colocar aquela blusa transparente e sexy. Calçou as sandálias-botas amarrada até aos joelhos. Que tremiam. Fez uma nuvem de perfume francês e passou duas vezes por dentro. Pregou um sorriso de barca no rosto angustiado. Chegou ao restaurante para o encontro. As mãos trêmulas a fizeram errar a boca. O batom se desmanchou no canto. Falava sem parar de um tudo que era nada.Ele a observava, quieto e atento.

Quando ela derramou o vinho caro na toalha de damasco, ajudou-a a secá-la, entregou-lhe o guardanapo e falou:

- Enxugue três estrelas de água e sal que estão escorrendo pelas suas faces, pretas de rímel. Gotas de sangue escorrem de seu coração ferido. Da próxima vez que vier,coloque band-aids nessa alma empeneirada. Mas somente volte quando acreditar de fato, que pode sonhar ainda...

(*) Clevane Pessoa de Araújo Lopes é psicóloga, jornalista e escritora em Juiz de Fora, Minas Gerais. Tem vários livros de poesia e de prosa publicados.
O conto "Quando Puder Sonhar Ainda" foi publicado originalmente no site pessoal da autora. Para visitá-lo e conhecer outros textos de Clevane Pessoa, clique aqui.


Postado também em http://clevanepessoa.net/blog.php e http://www.guata.com.br/Tirando%20de%20letra/111007TLquandopudersonhar.htm
além de http://recantodasletras.uol.com.br

Vivi Eventos Culturais deNatal RN e Fernando Barbosa, de Belo Horizonte, MG



Imagem:O crédito da foto é de minha nora Karina Araújo Campos, e a webmontagem de outro fotógrafo, o também autor e ator teatral Fernando Barbosa, de Belo Horizonte, MG.O primeiro texto é de Vilmaci Viana(Vivi Eventos Culturais, de Natal, RN) e o segundo, de Fernando Barbosa, ambos extremante generosos com minha pessoa simples , mas sempre veraz.


"PeRsOnALiDaDe CuLtUrAl
PoEtIsA
cLeVaNe PeSsOa dE aRaÚjO LoPeS
A norte-rio-grandense,Clevane Pessoa de Araújo Lopes. Psicóloga, desenhista, ilustradora, conferencista e oficineira , manteve na Gazeta Comercial e no tablóide Urgente, em Juiz de Fora- MG, intensa atividade jornalística e de divulgação lítero-artística, o que a fez ser nomeada delegada "Ad Honoren" do Instituto de Cultura Americana (Reg 5041-Paris/Fr/Unesco), pela filial do Uruguai e da ARIEL -Associação de Livres Pensadores. Bem jovem , tomou posse no NUME- Núcleo Mineiro de Escritores. presidiu a UBT/JF- União Brasileira de Trovadores, seção de Juiz de Fora-MG. Humanista, ligada às causas sociais, enquanto funcionária do ex-INAMPS, foi uma das pioneiras no atendimento integral à mulher à criança e em especial, ao adolescente. No compêndio "Adolescência, Aspectos Clínicos e Psicossociais", é co-autora, nos capítulos Homossexualidade e Sexualidade do Adolescente. O livro foi organizado pelos Drs:Maria da Conceição de Oliveira Costa e Ronald Pagnocelli de Souza. é edição da ArteMes, de Porto Alegre-RS. De poesia, publicou: pela PLURARTES Editora: "Sombras feitas de Luz" e Asas de Água". Pela Rg Gráfica e editora: "Partes de Mim , que foi seu primeiro livro virtual. (possui vinte e-books). Neste ano de 2007, lança, pela Urbana Editora (RJ), "Mulheres de Sal, Água e afins"(Contos). Esta grande poeta consul del mundo, radicada em Belo Horizonte é uma potiguar de São José de Mipibu e nos dá um grande orgulho em ser nossa personalidade cultural. Ela tem um blog cultural que faz o maior sucesso a nível nacional e internacional que é: www.clevanepessoa.net/blog.php


Postado por Vilmaci às 10:04

Responsável pela postagem oficial:

Vivi Eventos Culturais
"Eu sou aquela mulher a quem o tempo muito ensinou. Ensinou a amar a vida não desistir da luta e ser otimista." Cora Coralina Vilmaci VianaQuem sou eu

Vilmaci Viana Uma mulher que ama a vida e as artes.Arte-educadora, pós-graduada em Educação Especial. Autora dos livros: "Trajetórias Políticas - Izauro e Valdemiro" e "Paisagens Femininas de Apodi". Escritora, poetisa, historiadora, pesquisadora e pro. cultural. Ex-Secretária de Cultura do Estado de Rondônia. Produziu entre tantas obras:o Memorial "Valdemiro Pedro Viana" e a Exposição: "Aquarelas da Mozinha". Atualmente está organizando três livros: "Folclore Infantil de Apodi", "Antologia Poética de Apodi" e "Personalidades Apodienses".É membro fundador da Academia Apodiense de Letras e do Memorial da Mulher Potiguar. Este trabalho que faz divulgando os eventos culturais é pura e simplesmente por amor à causa.Ama e se alimenta das artes.

Qualquer sugestão pode enviar e-mail para:

vv.viana@hotmail.com



Fica registrado em nosso blog, na Categoria

PeLoS CaMiNhOs Da FoTo PoeSiA

essa fantástica matéria produzida por

Vimaci Viana, que ao ler, resolvi publicá-la

por aqui também.

Clevane Pessoa, conheci atraves do seu filho

e meu amigo Alex Pessoa, músico, que com

sua sensibilidade me proporcionaou esse encontro,

e só mesmo Deus para saber o quanto representa

para mim, não só ser amigo da Clevane Pessoa, mas

também de ter compartilhado com ela o que eu

considero a minha grande obra prima, o

espetáculo de teatro Brinquedo Proibido.

PreTenção sim... Por onde o nosso espetáculo já passou

passa e passará, sem dúvida, leva a assinatura dessa maravilhosa

profissional, e que o próprio nome já diz: Clevane Pessoa!



Fernando Barbosa
Fonte:http://fernandobarbosaesilva.arteblog.com.br/24277/PeRsOnAliDaDe-CuLtUrAL-cLeVaNe-PeSsOa-NoSsA-PoEtiZa/

Registro neste blog pessoal, os amigos que comentam algo sobre mim pu meus textos em prosa, minha poesia, meus desenhos.É uma forma de agradecer e compartilhar, divulgar seus espaços e palvras.

A todos, meu sempre penhorado agradecimento.

Clevane Pessoa

Filósofas Honoris Causa-PH.I



Andreia Donadon e eu, logo após a cerimônia.



Acima:Dra. Andreia Donadon, com o Dr.Mhário Carabajal ,recebe seu certificado.





Acima:D.Marilza Castro (também Presidente do inBrasCi )e eu (Diretora Regional em Belo Horizonte).






"Após indicação do Conselho Superior Internacional da Academia de Letras do Brasil, representado pelo Dr. Mário Carabajal e Dra. Manuela Cacilda, a Presidente Fundadora da Academia de Letras do Brasil - em Mariana-MG, Andréia Donadon Leal, recebeu o comunicado oficial da instituição que seria condecorada com um dos mais altos títulos: Doutora Honoris Causa - Philósofa Imortal, em reconhecimento a sua produção Univérsica/Filósofo/Literária/Artística e repercussões internacionais. A mesma indicou duas pessoas de outras cidades para receberem o galardão: a poeta e ativista cultural de Belo Horizonte: Clevane Pessoa e a Presidente do Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais - Dra. Marilza de Castro - Rio de Janeiro, em reconhecimento a divulgação, promoção e produção literária/artística e humanismo no país e exterior. A Presidenta do Clube Brasileiro da Língua Portuguesa, Sílvia de Araújo Motta, também recebeu o título por ser Membro Nacional da Academia de Letras do Brasil em Minas Gerais desde 2005.

Ph.I – Philosofia Imortal - criado e instituído internamente, com orientação, defesa e abrangência a toda organização da Academia de Letras do Brasil; - objetiva “privilegiar” com o mais alto título e honraria interna, Philósofo Imortal, os Membros que sistemicamente, fundamentados e embasados em princípios de pesquisas, após curso interno, defendam Teses, junto a Direção Científica Nacional ou Comissão Mista, com Membros Internos e ou Externos, a critério da Direção Científica Nacional. Como base, ao convite de Membros à constituirem estas Comissões, a linha de pesquisa do Postulante, sem perda da “Visão Philosófica de Causas Humanas Imortais; centro este, dos objetivos do Postulante e finalidade psicomaturacional científica da Organização aos detentores deste título. Após o curso em Fhilosofia Imortal, a critério da Direção Científica Nacional, a Comissão de exame e defesa de Teses, nomeada para este fim, procederá crono-organogramicamente, quanto ao dia, hora, local e meios a defesa da Tese. Competindo a Comissão Nomeada, utilizar-se dos recursos atuais tecnológicos da multimídia, a facilitar a apresentação e defesa da Tese. Em locais, onde não exista corpo científico interno, à nomeação da Comissão de Exame, poderá ser disponibilizado canal tecnológico, com observação do local de defesa via Web-Can, ou Membros Internos Fiscalizadores, enquanto o Postulante, mantém-se em Teleconferência de Defesa de Tese, a partir da multimídia moderna. Os pesquisadores, não Membros, poderão se matricular e virem a Diplomarem-se como Philósofos Imortais – Ph.I, comprovando, como pré-requisito, serem portadores de Diploma dos cursos de Mestrado e ou Doutorado em Instituições externas a Academia de Letras do Brasil, cientes que este título, Ph.I – Fhilósofo Imortal, é uma honraria interna da ALB, de uso em todas as instâncias da Instituição no âmbito Nacional e Internacional. Reconhecido o título, pela ALB, seus Conselhos, extensões e Membros, como o último estágio, até o presente, tangível ao conhecimento cultural e científico humano, alcançado por seus portadores, em consonância com os dispositivos Estatutais e Regulamentares internos da ALB."

A íntegra: Dea & Doutoras Honoris Causa

Fonte-->http://www.mhariolincoln.jor.br/especiais/doutoras-honoris-causa.html

Jornalista Mhário Lincoln comentou:



5 de junho de 2009 às 18:58
"Eu é que agradeço ter neste trabalho incansável a presença evoluída de uma Déa Leal, de uma Clevane Pessoa ou de uma Marilza de Castro. A todas, meus respeitos.(Mhário Lincoln do Brasil)"


Tentei deixar um recado, nohttp://www.mhariolincoln.jor.br/especiais/doutoras-honoris-causa.html , mas o anti spam devolveu umas três tentativas, então posto aqui meu recado ao amigo:

"Caro amigo e divulgador cultural Mhário>

É sempre um grande prazer estar em seu portal, em companhia tão seleta e permanente.Seu portal tem o dom de abrir caminhos para irmos bem mais longe que o suposto e sua empratia é muito atraente.Agradeço, sempre penhoradamente, suas gentis palavras .Este novo espaço para estar e ser é útil, acolhedor e bonito.Um abraço cordifraternal;
Clevane Pessoa

(*) O Título de Filósofa Honoris Causa PH.O, foi-nos concedida na cerimônia de posse como acadêmicos fundadores da ALB/Mariana-MG-Brasil, pelo Dr.Mário Carabajal, seu Presidente Nacional.A Presidente Vitalícia, em Mariana, é a Dra. Andreia Donadon.


Divulgação:
Clevane Pessoa de Araújo Lopes

9º PREMIO ABRACE 2008 para Clevane Pessoa de Araújo Lopes




Foto:1-Grupo de autores no X Encontro aBrace,Porto Alegre, RS-Brasil-na última fila, Luiz Paulo Lyrio de Araújo, que representou-me na entrega desse significativo prêmio para mum k, que represento, com respeito e amor, admiração e entusiasmo, o Movimento Cultural aBeace, em Belo Horizonte,Minas Gerais, Brasil.O professor escritor e poeta agora é também seu representante, em Sergipe.

F




"PREAMBULO DE ENTREGA DO 9º PREMIO ABRACE 2008


Pela nona vez, no âmbito internacional os editores responsáveis pelo
premio aBrace, escolhem um em meio a muitos.
Tratava-se de resolver sobre a designação do 9º Premio aBrace,
nessa dificil tarefa de discernir entre as opções que são cada vez mais
variadas e positivas.
Na decisão pesou toda nossa experiência. Trata-se de em premio
outorgado aqueles que editaram com o selo da aBrace editara, em
períodos anteriores a esta jornada. Sabemos o que significa escolher,
porque siempre se comete injustiças ao deixar de lado a outros.
Colocamos os nomes dos que participaram nas edições individuais,
coletivas e cooperativas, caudal de autores entre os quais realizamos
a pre seleção e posteriormente a seleção, até chegar a um único
nome.
Acreditamos que esta decisão que fui unânime, ressalta uma
personalidade inquestionável, que quase não seria necessario
apresentar, dada sua brilhante presença.
Por que a pessoa escolhida caracteriza-se pela sua inesgotável
capacidade de luta, seu empreendimento e a sua belíssima obra
literaria. Além do mais é um ser crítico, em primero lugar consigo
mesmo.
Quem recebe esta distinção é de uma atuação de primeira linha em
sua área de influência, e recebeu numerosos prêmios pela sua
trajetória e grande dedicação à cultura. Coincide conosco e celebra
com aBrace as formas solidarias de participação.
Em algúm comentário disse: “Todos nós precisamos de um lugar,
onde podemos ser nós mesmos, apesar de nós mesmos”. É com
esse estado de ânimo que nos aproximamos da obra e da pessoa do
nosso 9º Prêmio aBrace."
Nina Reis e Roberto Bianchi

Fonte do texto:http://www.abracecultura.com/espanol/Upload/uploadedPreambulo%20de%20entrega%20do%209%20Premio%20aBrace%202008.pdf

Veja ainda:http://www.abracecultura.com/espanol/Upload/uploadedaBrace%20cultural,um%20movimento.htmro 2:O Prof.Luiz Lyrio, traz-me, até em casa, o Prêmio aBrace, esse belo troféu.

"DANIEL TABARÉ GONELLA, chegou-me hoje às mãos .A cabeça é em madeira, acoplada à lâmina de bronze.

"Foi-me destinado, subida honra, pois , amante dos ideais do movimento Cultural aBrace, divulgo com empenho e prazer suas ações."

CLEVANE PESSOA

Até mesmo para tratar sobre uma infermidade Clevane Pessoa descreve de forma poética as sensações e assim que recupera o fôlego, volta às suas intensas atividades literárias e contato com os amigos. Ainda se recuperando, recebeu um comunicado por e-mail da aBrace que ela o professor Luiz Lyrio a representaria no Encontro e receberia o troféu por ela numa homenagem da aBrace aos dez anos de divulgação literária da entidade.


"Estou muito feliz com a homenagem, pois acredito no aBrace como entidade de entrelace de autores latino-americanos."(Clevane)

terça-feira, 23 de junho de 2009

Festival andando de bem com a Vida-segunda edição, em Belo Horizonte




SEMEAR SAÚDE MASSOTERAPIAS







Fotos enviadas pelo Semear Saúde, que participou da primeira edição.Se estiver em Belo Horizonte, participe-desde a manhã, até à noite, muitas ações por sua saúde!

Praça da Liberdade 27 e 28 de junho, s´-abado e domingo, das 07 _as 20 horas

Em frente o Palácio do Governo -Belo Horizonte-MG

Massoterapia,Acupuntura,Bioconstrução, Agricultura orgânica, Alimentação Ecológica, Aura Humana, Fitoterapia,Cromoterapia e Chackas,e Entretenimentos vários. Haverá uma programação infantil e acontece o I Encontro de Medidicina Ayurvédica

Programação totalmente gratuita!

Workshops!

Serviço:

Instituto Ayurveda

(031)3456 7009
9158-3447


Conheça mais:

http://www.festivalandandodebemcomavida.blogspot.com/

Instituto Ayurveda _ 31 3456-7009
R. Santo Antônio, 45 - Final da Av. Vilarinho (Próx. ao Clube Topázio)

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Alberto Peyrano


Alberto Peyrano


paraclevane pessoa dearaújolopes

data20 de junho de 2009 15:17

assuntoRe: CANTEIRO DE VERSOS - Atualização Junho 2009




Olá Clevane! Muito obrigado pelo carinho e estas palavras que fazem me sentir honroso. Sei que meu trabalho é muito, pouco tempo tenho para me dedicar agora à cultura mas darei um tempinho, o pouquinho que tenho, para continuar a publicar poetas lusófonos que são as pessoas mais amáveis e bem educadas no mundo.
Hoje de manhã cedinho estive com a Tania e sua filha, a Carolina, fiquei encantado com elas e entregou-me teu livro, a antologia 18 de mulheres emergentes, e muitas folhas de "Mulheres emergentes".

Fiquei deslumbrado com a estética do teu livro, pareceu-me uma pequena joia e te parabenizo calorosamente por ele. É um livro para conservar muito cuidadosamente pois está muito bonito e também porque tu és uma boa, muito boa poeta. Obrigado Clevane!

O trabalho da Tania nas folhas gigantes de "Mulheres emergentes" pareceu-me muito inteligente e gostei muito desse trabalho que junta a estética com a poesia.
Lamentavelmente o tempo foi muito tirano conosco pois depois de uma hora de conversa no lobby do hotel, chegou a Carolina anunciando que o tempo tinha-se acabado: deviam partir para um passeio e então despedi-me delas muito feliz por te-las conhecido e ganhar assim mais duas amigas. A Tania fala muito bem em espanhol, domina a língua e fala com perfeição, se adatando aos regionalismos da pronunciação do nosso pais.

Elas também gostaram muito do Uruguai onde visitaram a cidade de Colônia que fica aí na frente, atravessando o Rio de la Plata. Convidei elas para participar mensalmente do nosso Canteiro.

Obrigado por tudo, Clevane! Que bom tivesse sido conhecer também à Brenda naquela oportunidade, mas não deu!!!
E agora tem que vir você a nos visitar!!!!!!!!!!
Beijos e até breve querida amiga
Alberto Original Message
From: clevane pessoa dearaújolopes
To: casasazuis
Sent: Saturday, June 20, 2009 1:58 PM
Subject: Fwd: CANTEIRO DE VERSOS - Atualização Junho 2009


Amigos:

visitem o Canteiro de Versos, mantido com bom gosto e cuidado pelo poeta, psicanalista e cantor de Tangos Alberto Peyrano, que mora em Buenos Ayres.
Além de nos publicar e ilustrar nossos poemas, escolhendo com atenção cada imagem ,para o contexto poético, ainda enriquece a mostra deste mês com um belo poema onde homenageia nossa língua.
Tenho o prazer de estar entre tantos autores-e , neste mês, meu poema foi escrito em homenagem a ele, assim que convocou-me para a participação mensal.Aliás, agora será bimensal, dado o acúmulo de trabalho de nosso amigo argentino.
Dou-lhe sempre grata, pela generosidade dessa hospedagem :enquanto há muitos que somente desejam receber, outros que apenas doam, há os que se equilibram lindamente, no arco íris da amizade:dar e receber, "eis a questão..." E Alberto é simplesmente assim.

Clique sobre o link e nevegue por esse jardim colorido e belo!

Clevane Pessoa de Araújo Lopes


ALBERTO PEYRANO


LÍNGUA PORTUGUESA

Cobriu-se de grácil luz
a caravela de sonhos!
A tua voz era o guia
do rumo do mareante,
mas na alma tu guardavas
o teu poema da selva
com que perfumaste as noites
do sertão e da senzala.
Na América espreguiçada,
deslumbraste estas paragens
num caudal inesgotável
de tantas canções do mar!
Ousaste rumos e rumos!
Do Paraná ao Orinoco!
Das Caraíbas aos Andes!
E os teus chilreios de ave
cifrando cantigas belas
que nos cantam com a alma
os teus filhos das estrelas!
Ah, mas a outra metade
da tua voz marinheira
ficara na Pátria-Mãe
bailando em tardes de rendas
deslumbrada ao vento sul!
Português, amada língua
que passeaste no mar
os teus sonhos impossíveis
e ousaste os teus tantos voos
pelas nuvens do amor!
Percorrendo o mundo inteiro,
tu nos trouxeste a ventura
de fundir os horizontes
dos filhos do solo pátrio
e dos filhos de além-mar!
Serás sempre eterna mãe
de tesouros em poemas,
de fortunas em canções!
E sulcarás os oceanos,
sempre e com o mesmo ardor
nos corações ancorando
a caravela do amor!

Versão em português: © José Augusto de Carvalho



© Alberto Peyrano
Buenos Aires, Argentina




Subject: CANTEIRO DE VERSOS - Atualização Junho 2009
















CANTEIRO DE VERSOS
Teu pasaporte para a Lusofonia
Atualização Junho 2009

POETAS PARTICIPANTES
Ana Ferreira Trindade
Antonieta Elias Manzieri
Arneyde Marcheschi
Cândido
Carlos Vilarinho
Carmen Flores
Cláudio Bento
Clevane Pessoa
Dilene Maia
Eda Carneiro da Rocha
Edna Liany Carreon
Elizabeth Misciasci
Emiele
Emília Possídio
Graça Campos
Grace Spìller
Gregório Guerreiro
Gui Oliva
Hilma Ranauro
Humberto Soares Santa
Iranimel
Jorge Humberto
José-Augusto de Carvalho
Lêda Mello
Leila Míccolis
Lígia Tomarchio
Lorenzo Yucatán
Luz Sampaio
Malu Otero
Manuel de Sousa
Marcos Milhazes
Maria Aparecida Macedo
Maria Petronilho
Marilena Trujillo
Mário Rezende
Marise Ribeiro
Margaret Pelicano
Nancy Cobo
Neuza Nóbrega Garcia
Ógui L. Mauri
Remisson Aniceto
Rui Pais
Ruth Gentil Sivieri
Simone Borba Pinheiro
Sulla Mino
Sylvia Cohin
Tere Penhabe
Thais S Francisco
Theca Angel
Vera Jarude
Walter Pereira Pimentel
Yara Nazaré
Zena Maciel


http://canteirodeversos.blogspot.com

Meu agradecimento a todos os poetas participantes

Midi: "Aliança eterna"
Composição e Voz: Adriana Mezzadri

© Alberto Peyrano
Buenos Aires, Argentina

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Arraial do Boi Rosado-27062009--Parque Municipal-Belo Horizonte





Fotos -créditos de Bilá Bernardes.A foto de Bilá, clicada por Clevane(Reunião para a realização do arraial,em 16/06, na lanchonete do Palácio das Artes):

Convite pra o evento

Clevane Pessoa, Humberto Moreira.

Iabá e Claudio Márcio ( crédito de Bilá Bernardes), vestidos com as roupas do Boi Rosado.

Bilá Bernardes , Cônsul de Poetas del Mundo em MG.

Na data de 27/06/2009, aniversário do escritor muneiro João Guimarães Rosa, o Boi Rosado que existe desde o seu centenário, far´pa um arraila dentro do parque Municipal Américo ren~e Goanetti, ao lado do teatro Chico Nunes, qye será ornamentados com bandeirolas tradicionais, flores de papel crepom, um rarald e poemas, balões juninos, cartas, banner, etc...

Às 14 horas, terá início a concentração, com ensaio geral (quadrilha e camções de aboio e Ciranda.O Engenheiro Humberto Moreira, que conhece esses ritmos, intricuzirá nos mesmos, versos de Guimarães Rosa.

Os poetas que participarem do varal de poemas, deverão obedecer ao tema de uma fala roseana:"O sertão é maior que o mundo" e enviar os poemas , de até 30 linhas, por e-mail , para Severino Iabá, que com a fotógrafa Eliane Veloso, coordena o BOI ROSADO:



Na Praça dos Patins, ao lado do Teatro Chico Nunes, às 16 horas, acontecerá a quadrilha.

Às 16 horas, haverá uma Contaçãod e histórias , com participação do Gripo Moguiilim.

Às 16:40, haverá roda de ciranda e forró

Depois, serãocantados os "Parabéns" a Guimarães Rosa, com a tradicional distribuição de rosas, pelas parteiras do Boi Rosado" e organizadores.

,

17:30 h , despedida e distribuição de mudas de ipê roxo e ipê amarelo.

Um Domingo no Parque (2)-à tarde







Parque Municipal Américo Renê Gianetti-Belo Horioznte, Minas Gerais.



Eu, com a flor de Jade-foto de Iara Abreu.

Iara, Fátima e Carlos (artista plástico)-foto Clevane

Eu (de marrom) entre as raízes aéreas da árvore, na Praça da Mãe Mineira (foto de Dayrell).

Regina Mello e Dayrell (poetas)

Ângela Togeiro, entre raízes.

Domingo No parque ( I ) -14062008-Aniversario de Iara Abreu








A aniversariante, a artista Iara Abreu

A poeta Angela Togeiro

Dayrell

Eu, perto de cartaz sobre o Parque Municipal

Iara Abreu , e cartaz do parque.

Os artistas concluem a agradável tarde.

O Maestro Andersen Viana faz uma brincadeira com o pássaro fotografado por Regina Mello.



O artista Jorge conversa com colega, no parque (Galeria da Árvore).

Arvore copada perto da administração


No domingo 14 de março, pela manhã, lancei meu livro Olhares, Teares ,Saberes - "A Poética do Olhar", editado por Kiko Consulin(Edit.Cultura Popular-São Luiz, Maranhão), no SEMENTES DE POESIA ,do MUNAP.Recebemos vários amigos e o poeta e editor Aníbal Albuquerque veio de Varginha, para participar, trouxe uma caixa de livros para doarmos do Paz e poesia, enfim , foi muito bom receber os amigos e conviver com quem frequenta a praça dos Fundadores, onde ocorre o Sementes de Poesia.

De lá, fomos almoçar e ouvir a gostosa música do harpista

Resolvemos retornar ao Parque, para vermos a exposição "Um Olhar Digital Sobre o Parque", com curadoria de Regina melo, na Galeria da Árvore, que é um dos espaços do MUNAP -Museu Nacional da Poesia.

Lá, brincamos e nos divertimos, fotografamos.Inclusice a nós, perto das fotos expostas. O pássaro ,de Regina, foi motivo para inúmeras poses.

Fotografei a aniversariante, Iara Abreu, perto das flores de Jade, lindíssimas.Uara Abrei fez um laboratótio com esses chaninhos , o que resultou numa bela exposição.Um desses desenhos , ilustra o livro do poeta Milton , chamado A Voz do Miado do Gato, editada pela anomelivros:ao ver esses desenhos, o editor Wilmar Silva, solicitou à artista quue emprestasse sua arte para complementar os poemas.



Quando saímos,os gatos do parque comiam sua ração - e, pensa, minha bateria acabara.Mas voltaremos para lá, para apreciar a beleza contínua e mutável , pois até uma estátua, pode estar enfeitada por folhas ou flores que caem sobre ela, um lago pode mudar de acordo com a sombra e a luz-praticamente tudo, aliás. E um gatinho preto, eu já fotografara antes.

Clevabne Pessoa de Araújo Lopes





Clevane Pessoa de Araújo Lopes

OPA-Banquete de Idéias- DEBATE WILMAR SILVA/JOAQUIM PALMEIRA




OPA DEBATE WILMAR SILVA/JOAQUIM PALMEIRA

Fotos:ao centro, o poeta Joaquim Palmeira/Wilmar Silva, à sua esquerda, Sebástian Moreno e Laia Ferrari ,Lívia.À esquerda, Rogério Salgado e eu, a meu lado, de chapéu, Rodrigo Starling.

Ontem ,poetas estiveram num encontro muito interessante.


O Leo Magalhãens, do OPA convidou pessoas a debaterem a pessoa e o poeta/editor/performer/ator Wilmar Silva.E/ou Joaquim Palmeira.
do SESC/LACES.

A mim , por e-mail, na véspera, pediram que lesse o ensaio "O Fenômeno Poético Wilmar Silva", que está em meu site do Escritor, no Recanto das Letras, em forma de e-book, feito por Lourivaldo Perez Baçan (http://clevanepessoa.net/blog.php), em outros espaços e também , sem ser em formato de livro virtual, em alguns sites-um deles, a Revista Agulha.

Esse estudo da poesia wilmariana começara antes que eu conhecesse o autor.No meu blog de endereço cito acima, contei ontem como, através de sua esposa Sayonara, cheguei ao poeta.O ensaio é lido por muitas pessoas ,mas aqui em Belo Horioznte, não o vi mencionado sequer.Então, foi uma oportunidade de apresentá-lo.

Ao chegar, vi logo a amiga Bilá Bernardes, Cônsul em Minas de Poetas del Mundo.E com ela cheguei ao belo auditório, espaço moderno num prédio antigo e encantador na esquina da Goiás com S.Paulo.

Lá fui recebida por Rodrigo Starling, guitarrista e vocalista,amigo de meu filho Allez pessoa, contrabaixista- e depois cheguei a Leo (Leonardo Magalhães, promotores do encontro) .

O poeta trouxera a família e já estava com o casal Sebástian Moreno e esposa Laia, ele fez a versão para o espanhol e a revisão foi dela, ambos poetas e performers.A novel edição, ali lançada, de Estilhaços No Lago de Púrpura-pela TROPOFONIA- fizeram nova capa com foto do poeta crucificado-tem o nome de Lágrimas En El Lago de Purpura.

Chegou Humberto de Barros Moreira , que estava , na véspera, nas Terças Poéticas, (que ele sempre acompanha atento e animado, do qual o Wilmar é curador e depois participou das reuniões do Boi Rosado (*)).E ainda, o poeta Luiz Edmundo (do site "Tanto").A seguir, Regina Mello, presidente do MUNAP (*Museu Nacional da Poesia) e o Maestro Andersen Viana.Depois, Jorge Dissonância e , por último, Milton Pontes.Não conheço os demais nomes de presentes.

Um vídeo é passado, para mostrar a cerimônia ritual, onde o ANU, polêmico e inovador livro de Wilmar Silva, é queimado,em Bento Gonçalves, em meio a uma polifônica orquestra de vozes poéticas.Com ele, o casal cito, Brenda Mars e outros.A celulose, o papel, são queimados, mas não a Poesia-essência de um poeta.

No ano anterior, Ademir Bacca, do Proyecto SUR, solicitara que os poetas levassem ao Congresso ,terra de seus Estados/cidades.Wilmar esqueceu-a e então, enterrou um livro-árvore que retornava à mãe terra.Ou um pássaro em condigna sepultura.


Foram então chamados para a mesa,os poetas convidados para motivar o debate, que Leo passara dias instigando , contundente e criativo, por e-mail...

Luzes apagadas, sempre uma quebra de mesmice.Acendidas as nove velas, em três castiçais.Mesa suntuosa, um ar antigo de sociedades lítero/sacras/secretas .Eu que adoro penumbra, sinto-me um gato à vontade com olhos no entorno- e mesmo para ler, pois ,recordo, quando minha mãe mandava que eu fosse dormir, eu lia e escrevia à luz de velas ou de lanternas sob o cobertor-que virava tenda, para não chamar atenção.

Rogério Salgado, que ao tomar a palavra, se disse o primeiro editor de Wilmar -e cuja resenha sobre o livro ANU, foi lida a seu pedido por Rodrigo- falou da antiga amizade ao Wilmar, desde que este, rapaz jovem , chegou do interior para a capital mineira...

Também a autora de O Avesso do Cristal ,Lívia Tucci- que em seu jornal de poesia EXTRA/VIA, publicou-lhe "Çeiva", com desenho de uma das filhas do poeta, Dríade - toma lugar para dourar a mesa.

Ali, já está o jovem e belo casal argentino-embora Sebastián tenha me contada que Laia é de origem espanhola, mas desde pequena viveu em Rosário.Ele é de Buenos Aires.

Gosto de falar sem ler, mas era importante, para o momento, que o ensaio se dese a conhecer.Wilmar e eu,já conversamos sobre um dia publicar esse livro, mas ele é mutatis mutandis -" mudando o que tem de ser mudado" - qual suas ações poéticas.Ainda não o concluí, embora concorde que queira publicá-lo.Por ora, virtual.

Leio qual um leitor desavisado um dos poemas , propositalmente, tendo avisaso antes a Wilmar.Travalínguas de mistérios,mas para mim , lúdico, não descontruído para ser, mas para ser recontruído.No entanto, o poeta , a meu pedido, lê a estrofe/poema completos:metralha as palavras fomenas e sílabas.Pura tropofonia.E então, percebe-se a diferença, entre a palavra escrita e palavra expressa oralmente.

Milton Pontes, aliás o primeiro selecionado para as Terças poéticas, das quais Wilmar é o curador, aparece no escuto e se senta atrás, de repente, fala a respeito do Wilmar, quando se apresenta, entrar numa espécie de transe.Verdade.Depois, acrescento que em transe, mas em trânsito:em meu ensaio , já afirmo que nada no poeta wilmar, é estático.

O mais recente livro-publicado pela anomelivros, de Wilmar- é O SOM DA VOZ DO GATO.O editor usou os belos traços de Iara Abreu, artista visual belorizontina que já expôs os gatos do parque Municipal Américo Renê Gianetti, para ilustrar esse livro...Ao chegar, o poeta contou-me que lançará um novo em breve.Escreve muito bem , saudemos seu filho mais recente...

Bilá Bernardes conta como leu o livro de Wilmar de um hausto -tendo ele contado, depois ,que assim o escrevera.Muitos aplausos para as observações da terapeuta poeta.O Engenheiro Humberto narrou que teve a mesma experiência.Ele acompanha sempre o trabalho de Wilmar Silva.E, amante das letras, lê sua Poesia.

Regina Mello faz suas ponderadas pontuações, Leo e Rodrigo movem os cordeis de nós títeres poetas, a serviço da palavra.

Comenta-se a nudez do poeta em fotos e capas, a mudança de nome para Joaquim Palmeira, Joyce -apresentado no Bloomsday das Terças Poéticas e assuntos mais que afins e outros nem tanto...e aqui transcrevo a própria fala do poeta em entrevista a Rodrigo de Sousa Leão:



" Depois de uma dúzia de livros de poemas – Lágrimas & Orgasmos, Águas Selvagens, Dissonâncias, Moinho de Flechas, Cilada, Solo de Colibri, Çeiva, Pardal de Rapina, Anu, Arranjos de Pássaros e Flores, Cachaprego, Estilhaços no lago de Púrpura -, além de performances híbridas na dança do corpo e da voz, acabei no emaranhado de um nó, ou um suicídio ou um abandono, que signifique começar a minha vida de poeta. Deixei de assinar Wilmar Silva com a morte de meu pai, um lavrador que viveu toda a vida com as mãos na enxada, e nasceu o meu nome original, Joaquim Palmeira. Talvez seja mesmo difícil no mundo de entender por que um poeta abandona o seu nome de batismo e passa a assinar o nome original. Joaquim Palmeira é um ladrão de Wilmar Silva, um cachorro de mil bocas. Portanto, com Joaquim Palmeira, entendo Wilmar Silva em memória, acabou, e acabou tarde porque nasci em 1965, e tudo o que consegui sendo o poeta e performer Wilmar Silva não é suficiência para o meu desejo-desespero ao mostrar a minha experiência de artista. Portanto, é um começo ou re. Mas não pedirei a ninguém que esqueça o poeta Wilmar Silva, apenas não sou mais o poeta Wilmar Silva. Sou Joaquim Palmeira."
(Fonte:http://www.cronicascariocas.com/oise_Joaquim-Palmeira_0001.html)

Mas tendo terminado, permanece ainda um mar de indações sobre a singularidade autoral que é Joaquim/Wilmar, em qualquer ordem.

Em geral, gosto de falar sem ler, mas , nesse caso específico, fui convidada a fazer a leitura do ensaio , que é longo, mas tentei dar um tom coloquial e pontuar
o texto, apara atender ao pedido dos organizadorees (que pediram-me para ler o e-book.Gostei repito, de que ele pudesse ser mais conhecido).

Bilá Bernardes acaba de enviar-me as fotografias acima, pelo que, penhoradamente, agradeço;

E recomendo que poetas passem a participar dessas ações do OPA.Além da mesa à luz de velas, com ps expositores de idéias pessoais sobre o autor, os presentes acomodam-se em uma meua lua de poltronas, e podem participar livremente.Conforme acentuou Rodrigo, apenas, não caberiam tantas cadeiras -ou não seria funcional, no palco.

Clevane pessoa de Araújo Lopes

Diretora Regional do inBRasCi em Belo Horizonte.

Hoje, por e-mail, fico sabendo que o Poeta e jornalista Gabriel Impaglione , de "Isla Negra", publicou o ensaio e recebo um delicado e precioso e-mail de Regina Mello, diretora do MUNAP(Museu nacional da Poesia, sempre gentil e grande companheira):

"Querida Clevane,
eu nao poderia ir dormir sem antes te dizer que voce foi brilhante no banquete de ideias.
Parabéns! Voce estava perfeita! Adorei te ouvir! Obrigada por vc existir!
Durma em paz e com os anjos.
te adoro!
beijos

Regina Mello"


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Recadinho:
No dia 27 de junho,no dia do aniversário de Guimarães Rosa, o Boi Rosado vai realizar uma festa junina, em homenagem ao escritor, no Parque Municipal-ao lado do teatro Francisco Nunes.Humberto Moreira, que conhece música de aboio e ciranda, vai cantar versos de Guimarães Rosa.

Os poetas interessados em participar de um varal de poesia,poderão enviar poemas até 30 linhas, de qualquer gênero, sob o tema geral de um dizer roseano:"o sertão é do tamanho do mundo" .Isso, avisou-me Severino Iabá, que com Eliane Veloso , pernambucana qual ele, trouxeram esse folguedo de suas raízes nordestinas , para Minas Gerias.

A concentração para ensair as músicas e a quadrilha, será na Praça dos Fundadores.A direção do parque , empresta apoio ao evento.

Os participantes deverão comparecer vestidos a caráter.